Jerónimo de Sousa em Baleizão

Prosseguir a luta <br>com o exemplo de Catarina

Jerónimo de Sousa participou no domingo, em Baleizão, na tradicional homenagem a Catarina Eufémia, quando passam 60 anos do seu assassinato.

 

«A terra a quem a trabalha» é um objectivo justo e actual

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«Ao voltarmos aqui, ano após ano, demonstramos o respeito e a admiração pelo exemplo de Catarina Eufémia, mas também o ânimo, a força e a coragem que temos para prosseguirmos a sua luta, a nossa luta», afirmou o Secretário-geral do PCP no comício realizado no largo central da aldeia de Baleizão, que culminou a homenagem à trabalhadora rural comunista assassinada há 60 anos por um oficial da GNR quando encabeçava uma manifestação exigindo melhores jornas. Uma homenagem que foi, este ano, mais colorida, pois às bandeiras vermelhas do PCP se somaram outras, de várias cores, da Coligação Democrática Unitária, ou não se estivesse então a exactamente uma semana de uma importante batalha eleitoral para o Parlamento Europeu.

Após recordar o episódio dramático que foi o assassinato de Catarina e o processo de luta em que tal crime ocorreu, Jerónimo de Sousa evocou depois os 40 anos da Revolução de Abril e as suas inapagáveis conquistas, destacando, de entre elas, a Reforma Agrária: «nada foi como dantes nestas terras», recordou.

Se, tal como outras, esta conquista de Abril foi destruída, lembrou o dirigente comunista, tal deve-se à política contra-revolucionária levada a cabo desde 1976 pelos mesmos três partidos que, mais recentemente, subscreveram o pacto de agressão e o Tratado Orçamental – PS, PSD e CDS. Neste seu objectivo, acrescentou Jerónimo de Sousa, contaram com um aliado poderoso, a CEE, hoje UE. Foi precisamente a contra-revolução, dirigida por estas forças, a responsável pela situação que uma vez mais se vive nos campos do Alentejo, marcada pelo absentismo, a desertificação e o desemprego.

A terra a quem a trabalha!

A consigna pela qual gerações de operários agrícolas lutaram, e que teve consagração nos anos da Reforma Agrária, «a terra a quem a trabalha», não é uma exigência datada. Pelo contrário, garantiu Jerónimo de Sousa, é uma aspiração do presente, pela qual o PCP não desiste de mobilizar e organizar os trabalhadores e o povo: «não desistimos de voltar a colocar estes campos abandonados a produzir alimentos, criando empregos, repondo direitos perdidos e criando novos direitos».

Travar o retrocesso social que as troikas interna e externa querem impor ao povo e ao País é, para além de uma homenagem a Catarina Eufémia – que tombou a lutar por objectivos semelhantes –, um passo fundamental para construir um País mais justo, soberano e desenvolvido. «É possível travar este rumo com uma política patriótica e de esquerda. As eleições do próximo dia 25 de Maio são mais um momento para afirmar essa necessidade e essa possibilidade, votando na CDU», concluiu o Secretário-geral do PCP.

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Romper com a submissão

Depois de participar na homenagem a Catarina Eufémia, em Baleizão, o Secretário-geral do PCP marcou presença em diversas iniciativas da CDU no Baixo Alentejo: um almoço em Serpa, uma acção de contacto com a população de Pedrógão do Alentejo (Vidigueira) e um jantar em Moura. Em todas estas acções, muito participadas, Jerónimo de Sousa reafirmou o carácter ímpar da candidatura da CDU, cujos deputados se notabilizaram por terem sido os que, de forma intransigente, defenderam os interesses dos trabalhadores, do povo e do País.

Como afirmou o dirigente comunista, há que dar mais força, no dia 25, à força que lutou e luta contra a União Europeia dominada pelo grande capital e pelas grandes potências, pela minimização dos impactos negativos desta integração e pela necessidade de dar voz ao povo e discutir os impactos deste rumo da UE, «cada vez mais antidemocrático, contra a soberania nacional». Mas o voto na CDU, garantiu Jerónimo de Sousa, é também aquele que afirma a necessidade e a possibilidade de construir, em Portugal, uma política verdadeiramente alternativa, uma política patriótica e de esquerda.

Nas diversas acções em que participou, Jerónimo de Sousa salientou a «intrujice» que representa a propaganda em torno da «saída limpa» e alertou para a continuação e agravamento da política de direita, seja com o PSD e com o CDS seja com o PS – os três partidos que há muito vêm afundando o País e que estiveram juntos na subscrição dos acordos e tratados que amarram Portugal à submissão e ao empobrecimento.

 



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